terça-feira, 9 de março de 2010

Ataxia de Friedreich em minha vida…

Adriana Riboli – Portadora de Ataxia de Friedreich
Em 1995, aos meus 22anos de idade começou apresentar dificuldade na marcha. O caminhar já tinha alterações percebidas porem nem comentadas. Alguns anos se passaram e em 2002 aumentando a dificuldade na marcha, já apresentando sintomas vistos por muitos, desequilíbrio, articulações de algumas palavras pronunciadas com diferenças, engasgo com líquidos saliva mais grossa e o nistagmo dos olhos. Neste ano que se deu a procura de um médico. Em 2004 veio o diagnóstico através do Estudo Genético realizado no Instituto do Genoma Humano, por Drª Maiana Zatz.
Entre o período de 2002 á 2010, nota-se que a evolução tem um rígido padrão de intervalo, que fica entre 06 à 08meses, gerando uma reação diferente no corpo, do seguinte modo.
Forte cansaço físico (mesmo sem esforço), Respiração (fraca) com dificuldades, fortes dores nos membros inferiores, aftas na boca, língua e lábios, tosses pequenas. “Estes episódios “crises” duram aproximadamente 3 a 4 dias, permanecendo apenas as aftas, por mais uma ou duas semanas. Passado estas crises percebe-se que o equilíbrio e a coordenação motora sofre um déficit, procurando mais apoio ao andar e as vezes errando o apoio por conta da coordenação motora. Nos períodos em que a respiração encontra-se fraca faz uso do aparelho manual chamado Ambu” com exercícios respiratórios em casa.
No dia a dia realiza suas tarefas de casa com bastante lentidão, muito apoio e a maior parte com ajuda.
Banho tomo sozinha, porém cansativos e com muito apoio.
Tenho incontinência urinaria e fezes.
Visto me sem ajuda, porém em maior parte sentada.
Botões são muito difíceis para eu fecha-lós.
Amarrar cadarços e outras amarrações é difícil, mais procuro fazer.
Escrita cada dia mais difícil e cansativa, sem coordenação motora e apenas em letras de forma.
Não coloco roupas no varal sem possibilidades.
Alimentação feita através de colher, todos os alimentos, pra cortar os mesmos, precisa ajuda.
Faço alguns exercícios para engolir por conta dos engasgos com líquidos e o maxilar estrala muito.
Tento fazer de tudo um pouco de acordo com minhas limitações. As vezes é chato pra caramba, mais vamos lá!
Pego muito pouco peso e algo que esteja alto também pelo fato de não conseguir subir em nada e muito peso vem os tremores dos membros superiores e inferiores.
Estou procurando viver a cada dia com minhas limitações, porém sem fisioterapias e ajuda de profissionais se torna cada vez mais difícil, e a progressão aparentemente se torna mais rápida e difícil a cada dia. Eu como portadora da Ataxia de Friedreich sei a diferença enorme em viver com e sem fisioterapia.
Tratamentos que fiz: Fisioterapia, Hidroterapia, Arte terapia, Terapia Ocupacional , Fonoaudiologia e Psicologia.
Hoje eu faço somente Fisioterapia, porém meu médico quer que eu faço Equoterapia e Hidroterapia, mais como na rede publica é mais complicado estou a espera.
Vocês podem me perguntar se dá resultado se realmente ha melhoras. Realmente ajuda muito sim, porém os exercícios ajudam o fortalecimento muscular, mais lembrando que são para a vida toda e algumas vezes fazê-los em casa e sem relaxos. Ajuda também no psicológico(as vezes nós, nos deparamos com situações mais difíceis que a nossa) porém você não se sente única na batalha , ajuda a aprendermos viver com nossas limitações superando a Ataxia e até mesmo aceita-lá em nossas vidas de forma menos triste procurando que sua progressão não seja notada e não aconteça.
Alguns lugares que fiz as Terapias:
Hospital AlphaMed Carapicuíba tem um setor de fisioterapias pelo convênio, foi bom porém quando estava no começo.
AACD de Osasco muito bom aprendi muito, profissionais maravilhosos, foi lá que comecei a aceitar minha deficiência física, é de lá um de meus Neurologistas DrºMoacir, um Neuro muito atencioso e muito bom além de um amigo querido, gosto demais dele. Passo em consultas e avaliações.
Faço Fisioterapia agora na Universidade Presbiteriana Mackenzie de Alphaville comecei à uma semana estou adorando são seres humanos maravilhosos, profissionais dispostos a ajudar e o que é melhor é totalmente gratuito.
Hoje em dia quando saio ando com uma bengala de quatro pontos mesmo com ela necessito de ajuda, pois o indicado no momento é um andador. A bengala já foi difícil para eu aceitar, imaginem um andador, e para andar nestas ruas e calçadas inexistente já se torna mais difícil.
Além desses locais onde faço meus tratamentos, também passo por consultas periódicas no grupo de Ataxia de Friedreich do Hospital São Paulo – UNIFESP (meus outros Neurologista Drº José e Drº Pedro Braga também dois Neurologistas bom que graças a Deus no meu caminho ele sempre coloca Neuros ótimos e muito atenciosos agradeço muito a eles meus médicos queridos.)que foi indicado pelo DrºMoacir da AACD).
Exames Realizados:
Ressonância do Crânio(dores freqüente de cabeça), Eletrocardiograma(repetido de ano em ano), Função Pulmonar(dificuldade na respiração), Nasofibrolaringoscopia(tosses freqüentes), Licorcefalorraquidiano, Eletroneuromiografia e o principal que me revelou o diagnostico Estudo do DNA.
Remédios
Cloridrato de Amitriptilina 25mg (01comprimido à noite) – Antidepressivo – queixas que eu fiz para o médico receitar muita dor de cabeça, muito nervosa e não dormia bem sempre acordava durante a noite.
Coenzima Q10mg (manipulado – 01comprimido 03 vezes ao dia)Em fase de teste, ainda sem resultados expressivos, complemento da vitamina E.
Vitamina E 400mg (02 capsula por dia) é um agente antioxidante, essencial para o bom funcionamento do tecido muscular e ajuda regeneração dos tecidos.
Meus amigos assim procure viver dia a dia, e espero que todos tenham força para enfrentar qualquer obstáculo, se precisarem de ajuda meu blog está a disposição é só perguntar.
Abraços Adriana Riboli

segunda-feira, 8 de março de 2010

O que é ela?????

Ataxia de Friedreich

É uma doença hereditária que causa dano progressivo do sistema nervoso, resultando em sintomas que vão desde fraqueza muscular e problemas de fala à doença cardíaca. Ataxia resultados da degeneração do tecido nervoso da medula espinhal e dos nervos que controlam o movimento muscular nos braços e pernas. Os sintomas geralmente começam entre as idades de 5 e 15, mas pode aparecer tão cedo com 18 meses ou tão tarde com 30 anos. O primeiro sintoma é geralmente dificuldade em andar, A Ataxia piora gradual e lentamente se espalha para os braços e tronco. Deformidades dos pés como pé torto, flexão involuntária dos dedos dos pés, dedo martelo, ou inversão do pé, podem ser sinais precoces. Rápido, rítmicos, movimentos involuntários do globo ocular são comuns. A maioria das pessoas com Ataxia de Friedreich desenvolvem escoliose ( curvatura da coluna para um lado), que se for grave, pode prejudicar a respiração. Outros sintomas incluem dor no peito, falta de ar e palpitações cardíacas. Médicos diagnosticam a Ataxia de Friedreich através da realização de um exame clínico cuidadoso, que inclui uma história clínica e um exame físico completo. Vários testes podem ser realizados, incluindo a eletroneuromiografia(EMG) e testes genéticos DNA.

Existe algum tratamento?

Não há atualmente nenhuma cura ou tratamento efetivo para Ataxia de Friedreich. No entanto, muitos dos sintomas e complicações que acompanham podem ser tratados para ajudar os pacientes a manter o funcionament ideal tanto tempo quanto possível. Diabetes e problemas cardíacos podem ser tratados com medicamentos. Problemas ortopédicos como deformidades do pé e escoliose podemser tratadas com aparelhos e cirurgia. A fisioterapia pode prolongar o uso dos braços e das pernas.

Qual o Prognóstico?

Geralmente, dentro de 15 à 20 anos após o aparecimento dos primeiros sintomas, a pessoa está confinada a uma cadeira de rodas, e em fases posteriores da doença, os indivíduos tornam-se completamente incapacitados. A maioria das pessoas com Ataxia de Friedreich morrem no início da idade adulta, se houver doença cardíaca significativa, a causa mais comum de morte. Algumas pessoas com sintomas menos graves vivem por mais tempo.

O que tem sido pesquisado?

Estudos tem revelado que a frataxina, uma proteína que normalmente devem estar presente no sistema nervoso, coração e pâncreas, é severamente reduzido em pacientes com Ataxia de Friedreich. Estudos tem demonstrado que os pacientes tem  níveis anormalmente elevados de ferro no tecido cardíaco. Acredita-se que o sistema nervoso, coração e pâncreas pode ser particularmente suscetíveis aos danos dos radicais livres, pois uma vez que certas células nesses tecidos são destruídos pelos radicais livres que não podem ser substituídos. Células nervosas e musculares também tem  necessidades metabólicas que podem torna-las particularmente vulneráveis aos danos causados pelos radicais livres. A descoberta da mutação genética que causa a Ataxia de Friedreich acrescentando um novo impulso aos esforços de investigação sobre a doença.

Estudos sobre Ataxia…

A Ataxia de Friedreich (OMIM, 229300) é uma doença neurodegenerativa progressiva de herança autossômica resseciva, descrite pela primeira vez por Nicholaus Friedreich, em 1863. Claude Saint-Jean, um afetado gravemente enfermo, fundou em 1974 a Associação Canadense de Ataxia de Friedreich, a fim de descobrir, em 10 anos, a causa desta patologia hereditária progressiva e fatal, constituindo-se em grande propulsor do estudo colaborativo de Quebec.
A classificação de Anita Harding ainda hoje é utilizada. Contudo, diante das novas descobertas de biologia molecular, outras classificações abarcando esses aspectos foram propostas. Em todas elas, a Ataxia de inicio precoce de etiologia desconhecida.
Tabela I- Classificação das ataxias hereditárias.
I-Ataxias hereditárias congênitas
a)Ataxia congênita com retardo mental, espacidade(inclui a hipoplasia ponto-neocerebelar e das células granulosas): herança autossômica dominante, recessiva e ligada ao X.
b)Ataxia congênita com hiperpnéia episódica, movimentação ocular anormal e retardo mental(síndrome de Joubert: herança autossômica recessiva).
c)Ataxia congênita com retardo mental e aniridia parcial(síndrome de Gillespie: herança incerta).
d)Sídrome do desequilíbrio, descrita principalmente na Escandinávia, de herança autossômica recessiva.
II- Síndromes atáxicas hereditárias com defeitos metabólicos conhecidos
a) Ataxias intermitentes
* Com hiperamoniemia (defeitos do ciclo da uréia)Hiperornitinemia, deficiência de argininosuccinase, deficiência de arginase e deficiência da ornitino-transcarbamilase(citrulinemia).
* Aminoacidúrias
Doença de Hartnup, acidemia isovalérica, cetoacidúria de cadeia ramificada intermitente.
* Alterações no metabolismo do piruvato e lactato Deficiência da piruvato-desidrogenase, deficiência da piruvato-carboxilaze, síndrome de Leigh, deficiências múltiplas da carboxilase.
b)Ataxias progressivas
Deficiência da hexoaminidase
Disturbios do armazenamento da esfingomielina
Colestanolose
Leucodistrofias
Encefalomiopatias mitocondriais
Abeta ou hipobetalipoproteína
Deficiência isolada da vitamina E
Deficiência parcial da fosforibosil-hipoxantina-ganina-transferase(HGPTR)
Doença de Wilson
Lipofuccinose ceróide
Sialidose
Deficiência da arilsulfatase C (herança ligada ao X)
c) Ataxias associadas a patologia com reparo de DNA deficiente
Ataxia telangiectasia
Xeroderma pigmentosum
Síndrome de Cockayne
III-Síndromes ataxicas hereditárias de etiologia desconhecida
a)de início precoce (<20 anos)
* Ataxia de Friedreich
* Ataxias cerebelares com início precoce associadas à retenção dos reflexos tendinosos(EOCA)
Hipogonadismo
Mioclônus (síndrome idiopática de Ramsay Hunt)
Surdez na infância
Surdez congênita
Atrofia ótica e retardo mental (incluindo a síndrome de Behr)
Catarata e retardo mental (síndrome de Marinesco-Sjögren)
Retinopatia pigmentar
* Ataxia espinocerebelar ligado ao X recessiva
b) de início tardio (>20 anos) com etiologia desconhecida
* Ataxias crebelares autossômicas dominantes (ADCA)
I-Oftalmoplegia/atrofia ótica, demência, manisfestações extrapiramidais (incluindo a doença de Machado-Joseph)
II-Retinopatia pigmentar, oftalmoplegia e manifestações extrapiramidais.
III-Forma "pura" de início tardio (acima dos 50 anos)
* Outras doenças progressivas dominantes
* Ataxia cerebelar autossômica dominante periódica
* Ataxia de início tardio autossômica resseciva
* Ataxia de início tardio idiopáticas
Tabela 2-Classificação genotípica das ataxias hereditárias.
Ataxias de início precoce
Ataxia de Friedreich, ligada ao cromossomo 9q (locus FRDA). Variantes fenotípicas: LOFA, FARR.
Ataxia cerebelar tipo Friedreich, sem miocardiopatia e não ligada ao locus FRDA.
Ataxia com deficiência de vitamina E (gene-TTP)
Ataxia de início tardio
Ataxias cerebelares autossômicas dominantes(ADCA)
Tipo I Harding: SCA1, SCA2, SCA3/MJD, SCA4 com neuropatia sensitiva, outros loci
Tipo II Harding: SCA7
Tipo III Harding: SCA5 outros loci
Ataxias idiopáticas com mutações nos genes SCA
Ataxias episódicas com mioquimia (gene KCNA1)
Tabela 3-Ataxias hereditárias
1-Distúrbios metabólicos conhecidos e outra causas
a)Distúrbios metabólicos
Ataxia progressiva
Abetalipoproteinemia
Deficiência de hexoaminidase
Colestanolose
Leocodistrofias: metacromática, de células globóides com início tardio, adrenoleucomieloneuropatia
Encefalomiopatias mitoncondriais
Doença de Refsum
Ataxia intermitente
Deficiência da piruvato desidrogenase
Doença Hartnup
Cetuacidúria intermitente de cadeia ramificada
Deficiência das enzimas do ciclo da uréia
b) Distúrbios com defeitos no reparo de DNA
Ataxia-telangiectasia
Xeroderma pigmentoso
Síndrome de Cockayne
2-Ataxia cerebelar de início precoce(<20 anos)
Ataxia de Friedreich
Ataxia cerebelar de início precoce associada a outros achados:
hipogonadismo, surdez, retardo mental, atrofia ótica, catarata e degeneração pigmentar da retina
Síndrome de Marinesco-Sjörgren
Síndrome de Ramsay Hunt
Ataxia espinocerebelar de herança ligada ao X recessiva
b)Ataxia cerebelar de início tardio(>20 anos)
Doença de Machado-Joseph
Atrofia olivopontocerebelar
Ataxia cerebelar pura
Tabela 4-Classificação genotípica das ataxias espinocerebelares
SCA1(HAD) 6p22-p23/CAG Ataxia com oftalmoparesia, sinais piramidais e exttrapiramidais.
SCA2(HAD) 12q23-24.1 Ataxia com movimentos sacádicos lentos e poucos sinais piramidais e extrapiramidais.
SCA3(HAD) 14q24.3-qter Ataxia com oftalmoparesia sinais variáveis piramidais e extrapiramidais.
SCA4(HAD) 16q22.1 Ataxia com movimentos oculares normais, neuropatia sensorial axonal e sinais piramidais.
SCA5(HAD) 11 região centomérica Ataxia e disartria.
Doença de Machado-Joseph 14q24.3-q32/CAG Ataxia com oftalmoparesia, amiotrofia e sinais variáveis piramidais e extrapiramidais.
DRPLA(HAD) 12p12-ter/CAG Ataxia, coreoatetose, distonia, convulsões, mioclonia e demência.
Degeneração Espinocerebelar com degeneração retiniana(HAD) 3p12-p21.1 Ataxia com degeneração retiniana.
Ataxia de Friedreich (HAR) 9q13-q21.1/GAA Ataxia, arreflexia, resposta extensora plantar, falta de percepção do sentido postural, miocardiopatia, diabetes mellitus, escoliose e deformidade dos pés.
Deficiência de vitamina E (HAR) 8q13.1-13.3 Mesmo fenóyipo que mapeia em 9q, mas associados com deficiência da vitamina E. Deficiência da proteína transportadora a-tocoferol.
Síndrome de Keams-Sayre(esporádiaca) deleção e duplicação DNAmt Ptose, oftalmoplegia, degeneração retiniana pigmentar, miocardiopatia, diabetes mellitus, surdez, bloqueio cardíaco, aumento do conteúdo protéicono líquor e ataxia.
Epilepsia mioclônica e síndrome da fibra vermelha rota mutação RNAt do DNAmt  Epilepsia mioclônica, miopatia com fibras ragged-red, ataxia.
Síndrome da encefalopatia mitocondrial com síncope acompanhada de acidose lática (HM) mutação RNAt do DNmt Cefaléia, síncope, acidose lática.
Doença de Leight (HM ou HAR) Deficiência do complexo V (DNAmt) ou deficiência da síntese da proteína mitocondrial. Obnubilação, hipotonia, defeitos dos nervos cranianos, insuficiência respiratória, hipersinal na RNM nos ganglios basais, cerebelo, tronco cerebral e ataxia.
Ataxia episódica tipo 1(HAD) 12p(gene KCNA1) Ataxia episódica (por minutos) ataxia provocada por exercícios, mioquimia facial e de mãos, sinais cerebelares não progressivos, ataxia responsiva a fenitoína.
Ataxia episódica tipo 2(HAD) 19p (gene desconhecido) Ataxia episódica (por dias) ataxia provocada por stress, fadiga, nistagmo ao dirigir o olhar para baixo, evolução para uma atrofia cerebelar, ataxia responsiva à acetazolamida.
HAD = herança autossômica dominante; HAR = herança autossômica recessiva; HM = herança materna.
O gene da AF parece ter sido introduzido na região de Perche, França, em 1634, fato contestado nos últimos anos. A prevalência da doença é de 1/100.000 e a incidência estimada entre 1/22.000 e 1/50.000, sendo a frequência de portador são de 1/110. Não há qualquer influência do sexo na evolução da doença.
Quadro Clínico
O sintoma diretor é a ataxia - no inicio mais evidente nos membros inferiores e, posteriormente, nos superiores. A dificuldade da marcha é progressiva e, ao cabo 10-15 anos de evolução da doença, o paciente fica confinado a uma cadeira de rodas. As provas cerebelares, a resposta plantar e a sensibilidade vibratória e cinestésica, via de regra, estão alteradadas e fala apresenta um fluxo lento. A força e o trofismo muscular, em geral, mostram-se    normais, alterando-se de forma mais evidente no final da doença, mais pela falta de movimentação-quando os pacientes já se encontram em cadeira de rodas. A abolição dos reflexos profundos e a presença de escoliose e de pés cavos constituem achados bastantes característicos da doença. A frequência dos achados clínicos da forma típica da doença pode ser vista na tabela 5. Estudo realizado  no Brasil mostrou que a idade de inicio da maior parte dos casos ocorreu entre 5 e 15 anos e todos apresentaram a doença antes dos 20 anos de idade. Cerca de 70% dos pacientes ficaram restritos a uma cadeira de rodas entre 15 e 20 anos de idade. Todos os casos exibiram alterações no eletrocardiograma; entre tanto, apenas 6% deles apresentavam sinais clínicos cardíaco.
O quadro atáxico progressivo, com arreflexia e perda da sensibilidade postural e vibratória, estabelecido até os 20 anos constituem, basicamente, os critérios admitidos para o diagnósticos da doença.
A presença de miocardiopatia associada à Ataxia de Friedreich é um achado bastante frequente. Observa-se em aproximadamente 80% dos pacientes, alterações no ECG( principalmente repolarização ventricular); e em 40%, anormalidades ao ecocardiograma ( hipertrofia ventricular concêntrica). Combinando-se os dois exames, 97% dos pacientes mostram alguma anormalidade.
O diabetes mellitus pode estar associado à Ataxia de Friedreich em cerca de 20% dos casos-taxa maior do que observada na população geral.
Nem sempre o quadro clínico é típico e os estudos genéticos confirmaram a existência de formas atípicas que afetam a mesna região cromossômica. Reconhecem-se, na atualidade: a) um grupo de pacientes que apresentam uma data de início mais precoce, denominado de EOCA (early onset cerebelar ataxia ); b) um grupo com início mais tardio, após 20-25 anos de idade, conhecido como LOFA(late onset of Friedreich Ataxia); c) outros em que a presença de reflexos tendinosos já não seria mais esperada pelo tempo de evolução da doença, conhecida como FARR(Friedreich Ataxia with retained reflexes).   
Anatomopatologia
Grande parte da literatura refere-se à Ataxia de Friedreich como uma patologia que afeta gravemente a medula espinhal e provoca efeitos leves no tronco e cerebelo. Porém, estudos de  Junk (1994) demonstraram que os hemisférios cerebrais estão envolvidos na doença. Assim, acredita-se que o cortéx cerebral e os ganglios da base também seriam afetados precocemente, mas por serem menos vulneráveis às alterações das taxas metabólicas envolvendo a glicose, originam poucou achados clínicos relacionados a essas estruturas anatômicas. De forma que, se os portadores de Ataxia de Friedreich sobreviverem mais tempo, os sinais de disfunção do córtex cerebral e dos ganglios da base poderiam tornar-se mais evidentes.
Diagnóstico Diferencial
Todas as causas de ataxia devem ser consideradas no diagnóstico diferencial da Ataxia de Friedreich, entretanto, duas patologias merecem destaque, por oferecerem mais dificuldade: a) a deficiência isolada de vitamina E; b) a ataxia-telangiectasia. As telangiectasias e as deficiências imunológicas, observadas na ataxia-telangiectasia faltam, contudo, na AF. A deficiência da vitamina E ou AVED. como é conhecida, por outro lado, é muito difícil de ser diferenciada clinicamente da AF. O maior estudo sobre AVED, até o presente, foi realizado por Cavallier(1998), que concluíram ser mais rara a miocardiopatia em AVED e mais frequentes os movimentos titubeantes e as distonias.
Genética Molecular
O gene da Ataxia de Fridreich foi mapeado, 1988, por Chamberlain, no braço curto do cromossomo 9 e isolado por Campuzano, em 1996. Esses autores identificaram a mutação responsável pela doença: uma expansão de trinucleotídeos GAA no intron do exon 1 do gene X25, em que os indivíduos normais apresentam entre 17 e 22 repetições GAA e os afetados valores superiores a 66. Em média, os portadores da doença apresenta 700-900 repetições GAA. Acredita-se que a mutação responsável pela doença leve a anormalidades no processamento do RNA mensageiro ou interferências no processo de transcrição. O mecanismo mutacional é verificado em homozigose em 95% dos afetados e apenas 5% dos pacientes são heterozigotos (um alelo expandido e outro com uma mutação de ponto). Porém, no Brasil, um estudo realizado no ano de 2000, em 25 pacientes com diagnóstico clínico de AF, detectou a expansão GAA, em homozigose, em 68% dos casos (em 89% de casos considerados típicos). O tamanho dos alelos expandidos variou entre 291 e 1091 repetições GAA. Não foi observado em nenhum caso um alelo expandido e outro normal, ocorrendo todas as expansões em homozigose. Até o presente, nunca se detectou dois alelos mutados em um mesmo paciente.
Correlação genótipo-fenótipo e instabilidade alélica
Cerca de 40% das formas consideradas clinicamente atípicas apresentam a mesma mutação observada na Ataxia de Friedreich; sendo que 24% dos pacientes com homozigose das expansões GAA apresentam a forma atípica da doença. O fato de haver formas atípicas da AF com expansão GAA, levou pesquisadores reavaliarem os critérios clínicos da AF. A partir daí a idade de início precoce, a arreflexia, a resposta extensora plantar e a diminuição da sensibilidade vibratória não passaram a constituir critérios essenciais para o diagnóstico, ampliando asssim, o espectro fenótipo da doença. Dentro dos novos padrões clínicos em 1997 detectaram expansões do GAA em 87% dos casos; preconizando suspeitas do diagnóstico de AF, na presença de ataxia progressiva e, ao menos, um desses sinais: disartria, sinal de Babinski e presença de miocardiopatia.
O fenótipo é parcialmente determinado pelo tamanho das expansões e, em especial, pelo alelo menor, talvez por uma função residual da frataxina. Nota-se uma releção inversa entre o tamanho da expansão e essas variáveis: idade de início, progressão da doença, miocardiopatias, incapacidade motora e disartria. Alelos menores correlacionam com idade de início mais tardia e ausência de miocardiopatia. Diferentemente do que ocorre nas outras doenças com expansões de trinucleotídeos, em que se tem um ganho de função, na AF há uma perda de função.
A instabilidade dos alelos, na AF, ocorreria em dois estágios: o primeiro na meiose e o segundo na mitose, não  importando o sexo do genitor. Isto difere das outras doenças com mutações dinâmicas, como a síndrome do cromossomo X frágil e a distrofia miotônica, em que as expansões. geralmente, da transmissão do aleleo matermo; ou doenças neurodegenerativas com expansões CAG, em que o alelo do pai, via de regra, é o que leva a uma expansão.
É a primeira vez que esse tipo de mutação é observado em uma doença com padraão de herança autossômico recessivo, na região intrônica de um gene e bases GAA são envolvidas, diferentemente do que ocorre em outras doenças com mutações dinâmicas. Além disso, acredita-se que o DNA contendo essas repetições de trinucleotídeos GAA assuma uma estrutura secundária em forma de hélice tripla, a partir de arranjos tanto intamoleculares como intermoleculares.
Estudos recentes tem observados repetições de trinucleotídeos sem que nenhuma anormalidade fenótipa evidente esteja presente, indivando que as expanções e a instabilidade de trinucleotídeos não estão, necessáriamente, associadas a doenças.
Perspectivas Futuras
Apesar de não ter um tratamento específico para a Ataxia de Friedreich, a descoberta de substâncias com propriedades antioxidantes pode ser promissora para cura dessa doença. Essas subtâncias ao protegerem o organismo contra a formação e subsequente ação danosa dos radicais livres, poderiam atuar nesta doença neurológica. Em 1997 Campuzano ressaltou o fato da mitocôndria desempenhar um papel relevante nos tes tecidos envolvidos na AF: neurônios, coração e pâncreas. Este autor propôs uma redução da frataxina (uma proteína mitocondrial) poderia interferir no metabolismo do ferro. Isto ocasionaria uma produção acima do normal de radicais livres na mitocôndria, através da reação de Fenton(catalizada pelo ferro), gerando um padrão neurodegenerativo similar ao observado na deficiência de vitamina E.
Nesse sentido pesquisas mostraram que, na Ataxia de Friedreich, há uma deficiência múltipla das enzimas da cadeia respiratória ferro-enxofre dependentes(extremamente sensíveis aos radicais livres), gerando um stress oxidativo decorrente do acúmulo de ferro na matriz mitocondrial. Assim, os antioxidantes, quelantes de ferro s de cálcio, e as substâncias inibidoras da apoptose, constituem terapêuticas potenciais para as doenças neurodegenerativas. A possibilidade de utilizaçãode um marcador para se monitorizar a eficácia do tratamento dessa doença-o 8-hidroxi-2'-deoxiguanosina (80H2'dG) tem surgido na literatura como importante arma terapêutica, não só para Ataxia de Friedreich, como também para outras doenças neurodegenerativas como Alzheimer,  doença de Parkinson e de Huntington.
Considerações Finais
O estudo molecular é imprescindível para o diagnóstico de certeza da Ataxia de Friedreich, tanro para os casos típicos como para os atípicos. Não há correlação entre o tamanho do alelo expandido e gravidade do quadro clínico. O diagnóstico baseado somente em achados clínicos é limitado; contudo, é útil para se estabelecer uma triagem para análise molecular. A dosagem de vitamina E é recomendada, especialmente nos pacientes em que não se dectetou expansão GAA.

domingo, 7 de março de 2010

Descobrindo Ataxia de Friedreich em minha vida…

Boas Vindas aos meus amigos!
Vou relatar um pouco da minha história como descobri  a Ataxia de Friedreich  em minha vida.
Meu nome é Adriana Riboli, hoje tenho 38anos, graças a Deus muito bem casada com Carlos Teixeira Lima, temos 02(dois) filhos, Brenda Riboli de 19anos e Carlos Alberto de 08aninhos . Filhos pelo qual são a razão de nosso viver e a força que encontro cada dia para acordar com a Ataxia de Friedreich meu lado.
Minha infância foi absolutamente normal, corri, brinquei, xinguei, briguei, apanhei, bati, respondi, respeitei(dilema) e vivi como toda criança. Minha adolescência graças a Deus também andou um pouco aos meus 19anos fiquei grávida, uma gravidez normal porém não tão normal pois faltava se casar, mais tudo se encaminhando. Meus Pais não receberão bem a notícia mais entre trancos e barrancos ela linda nossa filhota veio ao mundo como um bebê perfeito com todas as qualidades que uma mãe e pai enxergam. Ainda vivendo entre nossos Pais fomos criando a Brenda, dando a ela toda importância e sabedoria vinda de nossos Pais com erros porém acertos melhores e a essência de uma ótima educação e um bom estudo. Relatando que somos de uma família humilde lutando por nosso sustento e ajudando ao próximo sempre que pudermos. Sempre trabalhando e lutando por um dia melhor que o outro, mais você sempre luta pelo melhor jamais pensa em coisas ruins ou que jamais acharia chegar a você.
Aos meus 22anos a minha filha mais velha Brenda com 03aninhos se aproximou de um cão que minha Avozinha Ana(em memória) tinha na época, as crianças não iam perto pelo cão não gostar de crianças, a  Brenda se aproximou do cão no momento eu vi mais não tive como correr para pega-lá minha Mãe estando perto correu e a pegou, percebi então que algo em mim estava mudando mais nem comentei com ninguém guardei e nada estava me acontecendo, ou seja, sou normal. Só que fui sentindo que meu equilíbrio já não era mais o mesmo, trabalhava e ao andar a marcha já não era a mesma, ficando a buscar mais apoio. Será que ninguém percebia? Com certeza sim. Meu marido começou a falar já que eu não queria dizer ou seja isso não pode estar acontecendo comigo. Minha mãe falava… Não toma leite por isso anda assim. Que absurdo, mais queremos achar o mais fácil algo, que de para suprir igual Vitaminas. Falavam até que eu bebia estava bêbada, não bebia porém não devia nada a ninguém, são as atitudes de um começo meio que pesado, algo que você pode ter é não acredita que é com você, e realmente não aceita. Só que as coisas estavam mudando demais, aí apareceu o Nistagmo nos olhos(são movimentos involuntários dentro dos olhos que quem tem não percebe), a falta do equilíbrio que já era  demais, a fala se alterando, a escrita muita coisa diferente não só  vista pelo meu Marido mais por outras pessoas também e fomos aos médico. Meu primeiro médico foi uma ortopedista que de tanto minha mãe falar era falta de Vitaminas no ossos, que seria ótimo. Aos exames dentro do consultório a médica me encaminhou direto ao Neurologista relatando-me que não seria nada com meus ossos e sim Neurológico, pronto fiquei preocupada pois já queria sair dali bem melhor e ao imaginar outro médico ainda mais Neuro, não sou Louca! Não tenho nada demais em minha cabeça. São relatos em que pessoas não tem conhecimento de outras especialidades ou seja eu nem sabia que Neuro cuidava de dor de cabeça. 
Marquei uma consulta com o Neuro no momento parecia obrigada(como o ser humano é difícil) mais vou né fazer o que não tenho nada mesmo(porém mesmo andando com dificuldade). Para mim era assim, não mexe no que está quieto, pois se descobrir já viu, pode até morrer. No dia da consulta sai mais cedo do trabalho e fui. Drº Rodrigo que médico, bom mesmo, tenho muita saudade dele e quem sabe um dia poderei vê-lo agradecer por toda sua atenção, mais no dia para mim era assim. Entrei no consultório a primeira coisa que achei que ele era louco pois me olhava de um jeito, foi quando ele perguntou o motivo pelo qual estava ali. Relatei meio que por cima de tudo, me examinou e foi aos pedidos de exames. E Começou nossa conversa, foi quando ele me falou Adriana não sei na verdade o que têm, pois existem várias doenças que aparecem com os mesmos sintomas sei que é uma doença Hereditária/Genética  e sem cura. Nossaaaaaaaaaaaaaaaa está palavra para mim foi o mesmo que cavar um buraco e se jogar e pedir que coloquem a terra (sua cova). Ali senti que meu mundo iria mudar e estava começando novamente de uma forma cruel e muito dolorida, chorei ali mesmo. O Drº muito médico esperou eu me acalmar e relatou os exames necessários. Sai do consultório desnorteada, sem rumo, apenas chorando e com a certeza que minha vida estava mudando no momento para pior, falei com meu marido e ele pediu calma na hora parece até piada. Conversamos e fui a marcar os exames, para descobrir a doença que iria ser minha parceira em minha vida inteira. Meu marido por si somente, começou a pesquisar na net sobre as doenças possíveis que poderia ter, enquanto eu fazia os exames pedidos pelo meu médico Drº Rodrigo(alguns exames feitos : ressonância magnética do crânio (tubo horrível fiz três e até hoje não me acostumei), ressonância magnética da coluna cervical,  Licor, Eletroneuromiografia dos quatros membros (das agulhas, fiz duas vezes entrei rindo e sai chorando), eletrocardiograma completo, eletro e de sangue em geral . E entre exames tudo dava normal, somente o Eletroneuromiografia que deu um diferença mais que ainda não chegava  na doença, e meu marido ali na net e somente me  mostrava as coisas por cima, porém eu estava sem chão, pois tinha algo sem cura que não sabia o nome e nem se viveria para saber. O meu Neuro naquele momento me falou do exame de meu DNA(estudo feito para relatar a maioria das doenças hereditárias ou de forma genética), pediu e levei o pedido no convênio e me falaram que pelo convênio não era feito(hoje em dia não sei), o meu Neuro me falou da possível realização do exame no Centro de estudos Genoma Humano da USP(Universidade de São Paulo) por ser Publica para mim seria mais fácil, que nada teria que pagar. Não tinha condições financeiras e ainda por cima o meu convênio foi mudado e já não passaria mais com o Drº Rodrigo, ou seja ficaria tudo na metade, e ao achar outro Neuro começaria tudo de novo. Foi o que aconteceu. E sem conseguir fazer o exame que me relataria a doença que eu tenho, o que eu esperava, fui a busca de outro Neuro.
Graças a Deus onde eu trabalhava muitas pessoas já estavam sabendo por cima do que me vinha passando, foi quando Deus colocou em minha vida a Ângela que sua irmã trabalhava no HC(Hospital das Clínicas), tem lá o setor Neurológico e conseguiu marcar uma triagem com o Drº Dagoberto.(feita a primeira vez que se passa) como falei comecei tudo novamente, exames e mais exames e nada e faltando o Estudo de meu DNA. Ao andar em setores Neurológico fui conhecendo um mundo triste e ao mesmo tempo gratificante lembrando que ao olhar seu problema existem outros cada vez piores e mais complicado(o medo toma conta de todos). O mundo e completamente diferente sem a ataxia. Ainda mais quando sua situação financeira é restrita.
Fiquei grávida de meu filho mais novo, os médicos além de questionar em algo e não achar ser uma gravidez na hora certa, mais uma gravidez normal e tranquila, graças a Deus pois Deus se mostra sempre presente em nossas vidas e finalmente veio o pedido do Estudo de meu DNA, porém os médicos estavam preocupados com a gravides.  Me deram uma crta médica carta para ir a  USP, com indicação e tudo até o nome da médica que faz os estudos Drª Maiana Zats (uma das maiores geneticistas do planeta)muito conhecida em estudos de Células Tronco. Eu já havia pesquisado e entrado em contato algum tempo atrás e teria que ser pago este exame, por isso não o tinha feito ainda. Já cansada de ter algo que mudava minha vida diariamente e não sabia o que e ainda mais gravida de 08 meses sem contar que meu marido entre meus 06 e até quase ao ganhar nosso filho estava internado em um hospital Regional com Osteomelite(Infecção na medula do osso) no braço. Minha irmã também chateada com a agonia que passávamos falou. Vamos na USP logo antes que você ganhe neném.
Ao chegarmos no local a maioria dos funcionários e pessoas que ali estavam ficaram parados ao ouvir o que eu contava, mesmo assim uma funcionaria falou que o exame teria que ser marcado e pago. Quando a Drª Maina Zats estava saindo de um consultório e ao me ver com aquela  barriga e chorando, foi até nos para saber o que estava acontecendo e Deus me mostrou mais um vez que estava ali do meu lado e a Drª fez o exame na hora. Com o meu sangue colhido dentro de 03meses minha angustia de ter e não saber a doença que vive ao meu lado iria aparecer com seu nome qual for ele.
Depois de 03meses já havia ganhado neném(meu parto foi Cesária a pedido médico por cauda da doença, correu tudo bem) , meu marido já estava em casa e fomos buscar o resultado do exame e foi constatado a ATAXIA DE FRIEDREICH.
Fiquei muito triste, chorei bastante pois tive muito medo de não andar mais e não conseguir viver feliz. Estou até hoje vivendo a cada dia com minhas limitações, tentando sofrer menos e buscando a felicidade e tentando retribuir a Deus o que ele me deu de mais precioso MINHA VIDA, e fare minha família viver feliz e viver até ver meus netos que um dia terei que com certeza Deus permitira.
Essa é um pouco de minha história até descobrir minha aliada a Ataxia. Se você tem alguma pergunta de exames, onde e como eu fiz envie como comentário que eu responderei.
Deixo a todos um pedido… Se você é portador de deficiência seja ela qual for viva a cada dia aprendendo com nossas limitações que as vezes é difícil mais que e preciso. Mostre a sua força que vem de dentro de cada um de nos  e ensine todos os que te cercam mostrando que você pode( as vezes não consigo mais tento)  e lembre-se que todos que nos cercam precisão de nos e de nossas lutas diárias. Agora se você não é, jamais ignore quem quer que seja pois o seu coração e igual ao nosso, e nosso Deus é um só(aquele que não abandona seu filho). Se você tem familiares no começo de alguns sintomas parecidos de apoio, respeite todos seus pensamentos em relação a ser um deficiente, pois é muito difícil, e triste é como pão se tornar vinho para um ser humano, a luta e eterna e a vitória é linda conquistada a cada dia, ajude-o a descobrir, e mais ainda ajude a viver com suas limitações.
Se você me perguntar como eu vivo hoje em dia logo responderei, na aba Sintomas,Tratamentos  e Meu dia a dia, mais falo que a luta e difícil, porém as vezes a recompensa e maior.
Beijos e abraços.
Até mais.